Para movimentar ainda mais as mulheres de tecnologia, convidamos uma das maiores executivas de TI da atualidade para uma conversa exclusiva sobre gênero e mercado de tecnologia. No dia 10 de junho aconteceu o EBANX Apresenta: Mulheres e Tech, com Nina Silva.
Nina Silva é executiva de TI com 20 anos de experiência no segmento de Produtos e Serviços, com uma trajetória que mostra que mulheres podem desenvolver o mundo. É sócia fundadora do Movimento Black Money e uma das mulheres mais influentes do mundo, segundo a ONU. Com a Nina, participaram do encontro duas grandes lideranças do EBANX: Erika Daguani, Vice-Presidente de Produto B2B, e Juliana Borges, Diretora de Operações Brasil e LATAM.
Mulheres e tech
Quando falamos de mulheres e tech, olhando para o passado, é justo admitir que houveram mudanças. E que também há um legado. Afinal, por trás do primeiro algoritmo, do código COBOL e do termo “bug” estão mulheres. Mas ainda precisamos fazer mudanças hoje para que as mulheres tenham maior participação na área de TI (onde são apenas 20%, segundo o IBGE) e de áreas relacionadas, como Produto, e olhar para as referências atuais, para as mulheres que estão criando história pela tecnologia. O EBANX é aliado desse propósito de inclusão de mulheres na tecnologia.
O EBANX nasceu com a missão de dar acesso e não fazemos isso apenas através do nosso negócio, que dá acesso a consumidores latino-americanos a empresas globais. Além disso, também damos acesso ao fomentar a sociedade com conteúdo relevante que informa, debate e capacita. É por isso que somos parceiros e promovemos iniciativas que fazem a diferença, como o EBANX Apresenta: Mulheres e Tech, com Nina Silva.
EBANX Apresenta: Mulheres e Tech, com Nina Silva
O evento foi online e gratuito, para pessoas de todo o Brasil. Conversamos sobre os desafios para as mulheres de tecnologia, as transformações do mundo atual, as ferramentas para atravessar as dificuldades e a importância de se ter times diversos para o mercado tech.
Destacamos alguns pontos da conversa para compartilhar aqui.

Dificuldades
- A entrada: a dificuldade já é na entrada, já que o mercado tech é predominantemente masculino.
- A jornada: além da entrada, se manter também é difícil, porque mulheres relatam que precisam se provar além da média.
- Cultura da empresa: alguns ambientes de trabalho, além de não serem inclusivos para mulheres, são hostis: com cultura que permite piadinhas sexistas e em que homens se apropriam de ideias tidas por mulheres.
Transformações e importância da D&I
- Mudanças culturais nas empresas: o mundo está mudando e muitas empresas não toleram mais comportamentos sexistas e machistas. Muitas empresas criam iniciativas intencionais para aumentar a inclusão.
- D&I como estratégia de negócio: diversidade e inclusão é uma estratégia de negócio. Um estudo de 2020 da McKinsey & Company revela que empresas com quadros diversos de colaboradores são capazes de lucrar até 33% a mais do que seus concorrentes.
- Produtos inovadores são feitos com equipes diversas: esse foi um apontamento da própria Nina Silva. Pense em um processo de brainstorming formado por um grupo que tem vivências, referências e histórias parecidas. A chance de limitarem as ideias rápido demais é maior. Além disso, o poder de decisão de compra de um produto geralmente passa por uma mulher, e ter mulheres protagonizando a criação aumenta a chance da criação de um produto de impacto.
Ferramentas
1. Foco e lucidez
Também foi a Nina Silva que trouxe esse conselho. No contexto com novas tendências surgindo rapidamente, para que haja um desenvolvimento de qualidade na carreira, vale ficar de olho nas tendências, mas não é preciso deixar de fazer o que você gosta. Agregue transformações e tendências tecnológicas na sua própria atividade.
2. Mantenha-se forte
É importante se permitir sentir as dores e desafios, e igualmente é importante se manter firme sob seus pés, se manter forte. Juliana Borges compartilhou os momentos desafiantes da sua carreira, sem não ter desistido, “jamais”. Do seu relato podemos tirar o conselho: lembre que você não chegou ao lugar que está à toa. Se te ajudar a ficar firme, tenha isso em mente. E siga em frente.
3. Comunidades
Várias comunidades têm auxiliado mulheres a crescerem em tech. Grupos de mulheres (ou sem restrição de gênero, mas aliados) de engenharia de dados, de desenvolvimento de software, infra, cloud ops e cyber segurança, SI e produto, são um canal para aprender, ajudar a manter a informação em dia e também uma alternativa para buscar ajuda para um determinado projeto.
4. Busque lugares que apoiam a diversidade
Esse é o caso das comunidades, e também das empresas. Busque lugares com valores em que você tenha um verdadeiro acolhimento, que respeite a autenticidade das pessoas, que tenham ações concretas de diversidade.
Para citar alguns exemplos, o EBANX lançou o programa de estágio em negócios para pessoas negras e o estágio em tecnologia para mulheres, e também criou uma campanha de empoderamento feminino. A campanha foi lançada inicialmente para os ebankers (profissionais do EBANX) no dia 25 de novembro de 2020, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, em evento com a ONU Mulheres, instituição de que somos signatários. Posteriormente, a campanha foi lançada para a sociedade na semana de liderança feminina Elas Lideram e nas redes sociais do EBANX. Você pode conferir ela abaixo:
Precisamos de mais mulheres (e de mulheres plurais) codificando, arquitetando, analisando dados, liderando equipes e conduzindo projetos. Queremos contar com você nesse propósito: seja um agente de mudança, respeite, alie-se, empodere.
Temos diversas vagas em aberto: confira as nossas vagas.
Saiba mais sobre o evento no site EBANX Apresenta: Mulheres e Tech.